existe sempre alguém ...passo e fico como o universo...
31
Mai 09
publicado por alemvirtual, às 20:57link do post | comentar | ver comentários (4)

O Clube do Sargento da Armada esteve presente com duas equipas mascuinas e uma feminina.

 

As imagens de António Melro Pereira, em reportagem para a AMMA: www.ammamagazine.com

 

A equipa feminina do Clube do Sargento da Armada: a Sandra, a Magnífica, a Ana e eu

 Junto ao edifício da Sociedade Recreativa e Cultural do Bairro Alentejano

 

Antes de iniciar a Estafeta, com a "chefinha" Adelaide

Aquecimento para o terceiro percurso da prova

Durante o super-almoço, oferta da organização, dos seus patrocinadores e voluntários: Parabéns, cozinheiras! Mais uma vez, estava delicioso...

Para recebermos o prémio correspondente ao 5º lugar

Com o nosso "chefe" Fernando e os prémios

 


30
Mai 09
publicado por alemvirtual, às 22:40link do post | comentar

 

www.verinerso.com/2007/11/cesrio-verde.html

 

 

 

A vida passa a correr e, às vezes, é bom parar e andar devagar. Caminhar. Abrandar o ritmo até ao encontro daquele que vem ao nosso encontro. Muitas vezes, sem o saber, pressentindo-o apenas. Não há coincidências. Não há acasos. Há corações abertos que acreditam em milagres. Toda a vida é um milagre.

 

 

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.


William Shakespeare

 

Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.

Martin Luther King

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


18
Mai 09
publicado por alemvirtual, às 14:25link do post | comentar | ver comentários (3)

Domingo, 17 de Maio de 2009

 

 

Dia de "Prova". Mais uma corrida, mais uma página a escrever no livro de memórias, das memórias que vão ficando...

 

A Corrida chama-se JOVEMAIO. A localidade FANQUEIRO. O Clube ÁGUIAS UNIDAS...

 

Faz lembrar voos livres e voos de asas cortadas. Sou mais uma ave num bando que se uniu...Não seremos águias, não seremos certamente aves de rapina. Talvez umas pacíficas gaivotas.

É. Decididamente, seremos gaivotas. Agrada-me. Sou uma gaivota, num bando de gaivotas, vigilantes à beira-mar. Gosto do cheiro do mar. Gosto de me lançar em voo picado, vertiginoso sobre a crista branca das ondas. Gosto de planar sobre a água. Gosto de olhar o espelho salgado e ver uma outra gaivota, acompanhar todos os meus movimentos, cada gesto, cada suspiro... Sim, que as gaivotas também suspiram.

Nessas alturas, fantasio que essa gaivota não sou eu, não é o reflexo da minha imagem.  É outra e está sempre lá. Bem, sempre não. Quando o céu fica cinzento e o mar revolto, procuro-a, mas não a vejo. Terá fugido? Ter-se-á escondido? Não, não me abandonaria. (?) Não sei. Desaparece e eu fico sozinha, lutando contra o vento forte, tentando alcançar a areia. Lá, o bando espera-me.

Então, volto à realidade. Sei que essa gaivota não existe, sou eu, apenas eu. Eu e um sonho. Mas vou continuar  a procurá-la quando as águas amainarem e o sol vencer as nuvens. Farei de conta que ela esteve sempre lá e eu estive distraída...dir-lhe-ei apenas:"Olá gaivota", como se nunca se tivesse ausentado...

 

Não sou gaivota. Mas tal como as gaivotas sonham, as pessoas também sonham. E a vida das pessoas é parecida com a vida das gaivotas.

 

Ontem corremos em "bando". Um grupo de amigos do Clube do Sargento da Armada. Muitos destacam-se porque voam mais rápido. Temos muito orgulho neles. Mas nós somos vagarosos. Há gaivotas lentas e gaivotas rápidas.

Nós, eu, o "chefe" Fernando, o António e o Alexandre fizemos a prova em 57min e 34 seg.

Uma prova muito bonita, num percurso muito bonito, a fazer lembrar o campo, apesar de tão perto da cidade... Em dia de festividades pelo 50º aniversário do Cristo-Rei, um dia depois de eu completar 46 anos, dois anos depois de ter celebrado esse dia com a minha "estrelinha azul", com balões, flores e vinho na belissíma povoação de Alegrete, estive mais ou menos "alegre" porque tenho um bando que me espera...e um filho maravilhoso que torna precisosos cada segundo do meu dia.

 

Não tenho fotos, mas fica aqui uma do ano passado com o meu filhote, na edição anterior desta prova:

img139/1899/dscn0549ft7.jpg

 

Nota: um aspecto negativo que nas edições anteriores em que estive presente não aconteceu foi o facto de circular o trânsito enquanto decorria a prova. Chegou ao cúmulo de haver as duas faixas de rodagem ocupadas com veículos, pelo que numa rotunda, não me contive e perguntei ao polícia (aliás, agentes havia bastantes; tudo 100%; não sei o que "falhou"):

- Sr. Polícia, páro eu ou os carros??

 


11
Mai 09
publicado por alemvirtual, às 08:59link do post | comentar | ver comentários (8)
Esta foi a minha segunda Meia Maratona. A primeira aconteceu no dia 2 de Dezembro de 2007, três meses depois de ter deixado de ver os olhos castanhos e imensos da minha filha. A ela entreguei-lhe a medalha. Ainda lá continua, entrelaçada na lápide… Nunca mais tinha voltado a correr uma Meia.
Ontem, dia 10 de Maio, uma data cheia de memórias dolorosas, quis espantar fantasmas e brindar a vida, correndo.  
Corro há três anos. Continuo a sentir-me deslumbrada pelo mundo da corrida, pela sua simplicidade, pela alegria natural que brota dos corações que correm, da energia que transborda de corpos suados e invade as ruas, trepa paredes dos prédios, lança-se às águas dos rios, alcança o oceano, escapa-se pelo horizonte distante e descansa no cume das montanhas. Tudo é belo e mágico. O mundo transforma-se em dia de corrida. Não, talvez sejam as pessoas que se transformam e têm olhares novos para este mundo velho…?
O olhar descansa do cansaço da vida, das atribulações, das dores, dos medos, da fome e abre-se à paz que jorra em passos de corrida.
 
Um pouco de receio e muita expectativa, creio ser o que se sente à partida para uma Meia Maratona. Eu senti. Senti também uma alegria genuína por estar ali, entre amigos, ter pernas para andar e correr, olhos para ver o branco e o azul do nosso equipamento, os verdes e os laranjas dos outros, o céu cinzento e a espuma do mar, ter ouvidos para ouvir as risadas esparsas deste ou daquele que passava…Mostrava também uma outra alegria, uma mais falsa, mais exacerbada, dançando e brincando a um ritmo tão contrário ao sentir deste dia 10 de Maio. Mas essa foi outra corrida que eu perdi, que ela (Margot) perdeu, mas que continuo a querer correr. Todos os dias e, simbolicamente, em cada dia de corrida. Já não procuro resposta à pergunta: “Porque corro”. Corro porque sim.
E assim alcancei mais uma Meia Maratona. A um ritmo leve, por entre bairros citadinos e estradas portuárias, fui vencendo quilómetro após quilómetro.
Concluí a prova muito bem, sem cansaço, sem angústia, sem frustração por um tempo acima das duas horas, apenas com pena de ter terminado. Foi um prazer imenso enquanto durou. Depois fica o travo quase amargo de ter terminado depressa. Era bom que durasse… Penso que, ao anteciparmos estes momentos, misto de prazer e tristeza, desenvolvemos mecanismos de defesa. Assim, em cada prova, planeamos a prova seguinte. Sonhamos com outra e ainda corremos esta... Programamos treinos conjuntos que, muitas vezes, nem se chegam a cumprir. Recordamos provas passadas. Vivemos entre o que se correu e o que se irá correr. Vemo-nos a correr provas longínquas… Estranho, mas delicioso. Estranha e deliciosa é esta forma de vida. Em busca da felicidade…encontrada, simplesmente, numa corrida…
 
Lembrando o grande poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage…
 
Quantas vezes, Amor, me tens ferido?
Quantas vezes, Razão, me tens curado?
Quão fácil de um estado a outro estado
O mortal sem querer é conduzido!
 
Tal, que em grau venerando, alto e luzido,
Como que até regia a mão do fado,
Onde o Sol, bem de todos, lhe é vedado,
Depois com ferros vis se vê cingido:
 
Para que o nosso orgulho as asas corte,
Que variedade inclui esta medida,
Este intervalo da existência à morte!
 
Travam-se gosto, e dor; sossego e lida;
É lei da natureza, é lei da sorte,
Que seja o mal e o bem matiz da vida.
                         Bocage
 
A Equipa antes da prova: Jorge, Pedro, Fernando, Paula, Ana, Magnífica, Fernando,
Madeira, António, Henrique, Adelaide
 
 
O aquecimento 
 Após o sinal de PARTIDA
 
A meio da Prova: 4 AP (António Pinho, Ana Pereira, Ana Paula Pinto e António Pereira)
A Magui e o Carlos
O Henrique
A alegria dos 4 "homónimos"
O nosso Chefe!
O Fernandito

Sempre a alegria contagiante da Magui

A meio da prova
O Pedro
O Jorge
O Bando dos 3 AP
e chegámos à META...
O Chefe Máximo (sou eu que lhe chamo assim:)))
A Pandilha depois da "aventura"
A minha infantilidade, mas que contagiou o Pipas. Sendo assim, que viva a alegria! 
E o olhar paciente de quem nos "atura" horas a fio....
 
António Melro Pereira em reportagem fotográfica para a AMMA, proprietária destas e de muitas, muitas outras fotos...
 
A minha Prova durou 2 h 03 min e 36 seg
 

 

 

 


06
Mai 09
publicado por alemvirtual, às 10:17link do post | comentar | ver comentários (2)

 

25 Anos

 

Sempre a Crescer

 

Foi sob este lema "25 Anos - Sempre a Crescer" que, ontem, associados, entidades militares e civis de vários quadrantes da vida social, cultural e desportiva e amigos se reuniram na Delegação do Clube do Sargento da Armada - Feijó, assinalando o seu nascimento há um quarto de século. Uma cerimónia protocolar, intercalada com uma fabulosa actuação do Coro Polifónico do CSA, cuja interpretação da Marcha da Marinha, agitou a sala numa onda de emoção. A noite terminou com um beberete e os "Parabéns" cantados ao Clube, entre uma fatia de bolo e uma taça de champanhe.

As comemorações do 25º aniversário iniciaram-se no dia 1 de Maio com a abertura de uma exposição de pintura de Arlindo Mateus, conceituado artista de renome internacional, com obras espalhadas pelos quatro cantos do mundo.

Ontem, foi inaugurada uma exposição retrospectiva da vida do CSA, podendo-se reviver através dela, momentos e actividades significativas que nos transportam para um passado de grande dinamismo e fazem antever um futuro na mesma linha de crescimento.

Fazendo uso da palavra, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal afirmou que o "O CSA é um dos pólos importantes no movimento associativo de Almada".

 

O CSA - Instituição de Utilidade Pública -  possui uma Sede Social em Lisboa e uma Delegação no Feijó. Oferece aos seus sócios espaços e oportunidades agradáveis de lazer, formação e informação. Desde Pintura e Artesanato, Modalidades Desportivas, Viagens, Saraus Culturais ou Recreativos à Restauração, o CSA mantém uma dinâmica invejável nestes tempos que se dizem de crise para o movimento associativo.

As comemorações estendem-se até Junho próximo.

 

Ponto alto da noite, numa noite igualmente quente e estrelada, foram as palavras sentidas e calorosas de homenagem do Presidente da Direcção do CSA aos sócios fundadores e aos que, ao longo destes vinte e cinco anos, se dedicaram de alma e coração ao sonho de fazer nascer o CSA. "O sonho comanda a vida". Nós sonhámos e a obra aconteceu. 

 

Nunca, como ontem, as cores do Clube que orgulhosamente ostento no meu equipamento de corrida, fizeram tanto sentido. Azul e Branco. Mar e Paz.

 

Se algum esforço representa a corrida, cada gota de suor, cada suspiro de cansaço reforça a aliança estabelecida no primeiro dia em que corri com um leme ao peito. 

 

CLUBE DO SARGENTO DA ARMADA  http://www.csarmada.pt/

 

Marcha dos Marinheiros


Refrão
Os marinheiros aventureiros
São sempre os primeiros
Na terra ou no mar.
Ao ver as belas
Pelas janelas,
Soltam logo as velas
Para as conquistar.

 

A navegar,
Sobre as ondas, desde Goa,
Nós viemos a pensar
Nas meninas de Lisboa.
Desembarcados,
Mesmo assim, os marinheiros
Vão ficar ancorados
A uns olhos traiçoeiros.

Salgadas pelo Mar
As nossas bocas vêm,
Vêm procurar o mel que os beijos têm,
Que é tão bom para as adoçar.

 

Largamos vela na ribeira de Pangim,
A pensar numa janela enfeitada de alecrim.
Entrando a barra,
Mal a nau chega a Belém,
O marujo deita amarra
À mulher que lhe convém.
Refrão

 

Música de Carlos Calderón

 


01
Mai 09
publicado por alemvirtual, às 22:44link do post | comentar | ver comentários (6)

 

A partida para 1h  21´ 58´´ - aprox. 15 Km

 
Com António Pereira e António Pinho - um trio durante toda a prova
A chegada à Meta - Estádio 1º de Maio
 
 Um obrigada ao António Pinho que foi o "meu aguadeiro" (partilhando a sua água nos intervalos dos abastecimentos)
 
As fotos são propriedade da AMMA -  http://www.ammamagazine.com/
 
Lisboa vista de dentro
 
Por que não correr? Uma forma de assinalar a luta dos trabalhadores pelo direito a  uma vida laboral mais digna, iniciada em 1886.
Mais de oitocentas pessoas dispuseram-se a correr. Eu fui uma delas. Prova emblemática no calendário desportivo da "corrida", num dia de grande simbolismo para quem, com suor, ganha o pão de cada dia.
 

 

Vimos Lisboa com outros olhos. Um novo olhar sobre a "Princesa do Tejo"...o bulício da cidade cedendo lugar à paz de uma manhã soalheira, com o tempo escorrendo devagar, ao compasso dos passos de corrida.
Por momentos, as Avenidas foram apenas abertas à luz  e ao colorido dos que as tomavam de "assalto". Contidos os roncos surdos dos motores e a agitação de quem passa sem ver, na pressa no dia-a-dia.
Lisboa das sete colinas, Lisboa do Tejo, recordando uma Lisboa de outras eras, com o espelho azul ao fundo. 
 
Com partida e chegada no Estádio 1º de Maio, correu-se no coração da cidade.
Organizada pela União dos Sindicatos de Lisboa, a prova percorre as principais avenidas e praças. Ponto alto, sem dúvida, é a visão da Rotunda do Marquês de Pombal,  a descida da Avenida da Liberdade e a passagem pelo Rossio. Lisboa dá-nos a dimensão da sua grandeza, da "história" falada das fachadas antigas,  das mansardas sobranceiras às copas frondosas de árvores seculares, dos nichos e azulejos, das fontes e das estátuas. Cheira a fado e a boémia...
 
Não é uma prova difícil. Apesar do conceito de dificuldade ser tão subjectivo... Além de uma pequena subida à saída de um túnel, apenas a Avenida Almirante Reis representa uma subida (muito suave apesar de longa).
 
O Trânsito esteve cortado com muitos agentes policiais, da organização e voluntários a orientarem o percurso. Os abastecimentos de água funcionaram na perfeição, prolongando os seus pontos de entrega ao longo de vários metros.
 
À chegada, houve lembanças para todos: uma t-shirt, uma garrafa de água e uma medalha alusiva à prova.
Para os melhores atletas, troféus vistosos, expostos à entrada do Estádio, junto ao pódium, faziam desejar a qualquer um, uma melhor classificação.
Eu, "pseudo-atleta", apenas posso almejar chegar ao fim de cada prova. Mas nem por isso, a minha corrida é fonte de menos prazer.
Prazer partilhado no convívio com os amigos antes, durante e depois da prova. Neste "durante" tive a agradável companhia dos atletas António Pereira e António Pinho.
 
 

Esta era a canção que ecoava no Rossio.

 

(Fala do Homem Nascido)

Venho da terra assombrada, 
do ventre de minha mãe; 
não pretendo roubar nada 
nem fazer mal a ninguém. 

Só quero o que me é devido 
..............
Com licença, quero passar, 
tenho pressa de viver. 
Com licença! Com licença! 
Que a vida é água a correr. 
Venho do fundo do tempo; 
não tenho tempo a perder. 

...................
Não há ventos que não prestem 
nem marés que não convenham, 
nem forças que me molestem, 
correntes que me detenham. 

Quero eu e a Natureza, 
que a Natureza sou eu, 
e as forças da Natureza 
nunca ninguém as venceu. 

Com licença! Com licença! 
Que a barca se fez ao mar. 
Não há poder que me vença. 
Mesmo morto hei-de passar. 
Com licença! Com licença! 
Com rumo à estrela polar. 

António Gedeão

 
 
 
 

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