existe sempre alguém ...passo e fico como o universo...
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Dez 10
publicado por alemvirtual, às 22:05link do post | comentar | ver comentários (5)

Mais um ano que a cidade se veste de luz, que o pinheiro toma conta dos risos das crianças, que a magia desce nas linhas encantadas de uma carta escrita em tinta imprecisa.

Chega, pontualmente, sem querer saber de atrasos de frio ou avanços de neve. Ainda que os rios transbordem das margens. Ainda que as terras ensopadas brinquem com a vontade dos pés teimosos em busca de musgo. Ainda que floresçam "azedas" em Dezembro. Ainda que se corra contra o tempo. Neste tempo, algo de diferente acontece.

 

Não adianta não querer ver, ouvir ou sentir. Rendo-me a uma realidade evidente, porém oculta de muitos olhares. Convive-se com as palavras de "a vida anda para a frente" e o sentimento de que parou numa tarde...Sobrevive-se a sorrisos (in)compreensivos e à rotina de hábitos adquiridos. Preenchem-se vazios com buscas de lembranças.

 

Da minha janela vejo as luzes que piscam em tons de azul e dourado. Uma elegância que admiro nas figuras estilizadas, nas "gotas" de luz sobre a calçada. Não existe aquela amálgama de cores e formas de outrora. Um manto suave envolve as ruas da cidade. Gostava que ela a visse agora.

 

Olho além dos vidros.

 

Fui buscar o pinheiro de Natal à garagem. Não tem luzes. Mas não o acho sombrio. Enfeitei-o com as bolas douradas e os bustos de anjos que restaram. Espalhei toalhas e saquetas bordadas em verde e vermelho. Antes da consoada quero comprar chocolates e pôr lá dentro. Dar-lhes volume...

No próximo ano, comprarei uma iluminação de Natal para o pinheirinho.

 

O espírito de Natal chega sempre na altura certa...dizem.

 

Em cima da mesa da sala disponho as figuras do presépio. Três...como nós.


05
Dez 10
publicado por alemvirtual, às 17:48link do post | comentar | ver comentários (3)

 

 

A saudade meu amor

É o martírio maior
Da minha vida em pedaços
Desde a tarde desse dia
Em que ao longe se perdia
Pra sempre o som dos teus passos

Saudades fazem lembrar
Silêncios do teu olhar
Segredos da tua voz
E essa antiga melodia
Que o vento na ramaria
Murmurava só pra nós

Lembras-te daquela vez
Quando eu cantava a teus pés
Trovas que não tinham fim
Quando o luar prateava
E quando a noite orvalhava
As rosas desse jardim

Jardim distante e deserto
Sinto tão longe e tão perto
O passado que te ensombra
Devaneio, irrealidade
Silêncio, sombra, saudade
Saudade, silêncio e sombra

 

(Fado de Teresa Tarouca)

 

Dezembro de 2007

A nossa "Lisboa"

Rua das Escolas Gerais; Sede do Clube do Sargento da Armada;

 

 

 


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