http://www.fimdaeuropa.com/resultados.html (Resultados)
http://www.ammamagazine.com/ (Fotos)
Há tanto tempo que não sentia a emoção da corrida; há tanto tempo que não encontrava o meu rosto entre fotos de atletas que não resisti. Fui buscar estas ao álbum da AMMA. Espero que nem o Carlos Viana Rodrigues, Director da Revista e meu amigo, nem o repórter José Gaspar se importem com este "abuso"!
A propósito: que tal o meu "Olá Carlos!!" ? - tão habitual antigamente... Soou como um grito de vitória? Era essa a pretensão. Vitória pessoal, quer dizer, encerrava a vontade de voltar a ser "cliente", de vez em quando, de uma ou outra prova.
Voltar a Sintra, foi um regresso ao passado. E como dele não se pode fugir, tento enfrentá-lo, com a raiva, a impotência e a revolta de quem sabe que passado é imutável. A imutabilidade, a dor da permanência, da sensação "do nunca mais", devasta. A atitude mais corajosa e lúcida será olhar em frente, consciente de que esse olhar, muitas vezes, seja lago de pérolas, opaco e sem brilho, nem sonho. Mas há-de ter esperança. Não aquela que se perdeu, mas a que um dia há-de reencontrar. Quando voltarem à vida sorrisos lindos de estrelas azuis. Num tempo para o qual todo o universo converge, no tempo da plenitude dos tempos onde se cruza a eternidade.
Foram apenas 4,2 Km de corrida (24m 58s) numa Mini com direito a subidas e descidas. A paisagens verdes e a profundas águas azuis. A cristas de onda e a voos de gaivota. A vento agreste contorcendo os frágeis pés de flores silvestres. No meio do forte assobio do vento e dos lamentosos rugidos do mar, parecia elevar-se uma voz cristalina, suave, doce...tão suave e tão doce que só podia ser a minha estrela falante...
"Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa
Lusíadas