De novo aqui… Agora, um pouco mais animada.
Estou a recuperar de uma gripe que me atacou de repente. Creio ter sido uma gripe. Temperaturas altas, dores em todo o corpo, a cabeça então, essa parecia que ia rebentar… Ontem, todo o dia não consegui sair da cama. Dormia e acordava. Esses sonos febris, sonos de alguns minutos, mas que, ao acordar, pensamos ter decorrido uma eternidade.
Na quarta-feira consultei um fisioterapeuta. É alguém que opera maravilhas. Garantiu-me que, com o tratamento prescrito, ficarei “em forma” para voltar a correr. Até que ele me dê “luz verde” nada de corridas. Assim farei, pois quero recuperar definitivamente e não andar mais neste “ping-pong” de “corre-pára”.
Vejo as provas, em que gostaria de participar, aproximarem-se a passos largos e eu aqui inactiva! Que frustração!
Todos os dias, olho para o calendário e conto o tempo que falta. Subtraio o tempo perdido e faço contas aos treinos possíveis, em datas hipotéticas de recuperação. Falta cada vez menos…menos tempo, menos treino, menos boa forma.
Nunca imaginei que o “bichinho” da corrida fosse tão persistente…Instalou-se bem dentro de mim e, “maldito bicharoco”, não tem intenção de partir tão cedo. Fico feliz que assim seja. Com tantas contrariedades, continuar com vontade de correr só vem provar que a corrida não era capricho passageiro. Eu não precisava de provar nada a ninguém, nem a mim sequer…já sabia que seria assim, desde a primeira vez que calcei umas sapatilhas de corrida… Quando se sente o prazer que senti e esse prazer se identifica com os nossos momentos diários de felicidade, é algo que nunca mais se quer perder.
Porque é importante, gostamos de dar disso testemunho.
Estou parada, mas não desisti. Esta é apenas uma pausa, antes de me lançar novamente no mundo da corrida. Desta vez, será ainda melhor, pois já conheci o sabor amargo de não poder correr. Este serve também para valorizar ainda mais a felicidade de vestir um fato de treino e sair por aí…
A.P.