existe sempre alguém ...passo e fico como o universo...
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Fev 07
publicado por alemvirtual, às 18:08link do post | comentar

 

 

Correr

Quem nunca ouviu dizer que "quem corre por gosto não cansa?"

Ou ainda aquele slogan bonito da Corrida do Tejo "Sofres mais quando corres ou quando não sais para correr?"

É claro que na vida podemos "correr" por muita coisa ou para muita coisa....correr por quê e para quê?...correr para a família ou para os amigos...para o emprego e por um emprego...para um transporte,  para uma consulta ou uma reunião.......para um programa de tv ou para acabar de "devorar" aquele livro de que tanto gostamos...para fugir a uma chuvada repentina ou para encontrar um local fresco...corre-se por vontade e contra vontade, numa corrida contra o tempo...

Eu gosto de correr por prazer, no verdadeiro sentido da palavra correr.  Sofro mais quando não saio para correr.

Mas hoje saí. Corri, não muito tempo, apenas 30´, mas fiquei e fui feliz. Quase não senti dor e consegui um ritmo  mais rápido. Creio estar no bom caminho... Amanhã irei tentar os 45´, se me sentir como hoje.

Nesta altura do ano, e graças à chuva abundante, tudo é verde e viçoso...começam a surgir as primeiras flores, prenúncio da Primavera. Nos campos já florescem as urzes (a minha flor campestre preferida), giestas, acácias e malmequeres. Gaios, pardais, melros e outras avezinhas cruzam o meu caminho...pousam suavemente em algum ramo de pinheiro ou perscrutam  a terra em busca de alimento. Um sol tímido espreita por entre as nuvens, tornando a manhã amena e aprazível o campo. E eu corro. Parece que o vento brincando na folhagem das árvores, sussurra doces palavras de incentivo para mim...acompanham-me essas palavras imaginadas e o meu pensamento de asas soltas parte à desfilada por este e outros percursos. Encho os pulmões do ar fresco da manhã e acho-o delicioso. Sinto-me leve e livre.

Sou livre quando corro. As amarras caem ao chão, desfazem-se em cada passada que dou. E eu, impulsionada por esta sede de liberdade, afugento os aguilhões que me prendiam...destruo o mundo em que vivia e construo um outro mundo, nas asas da minha imaginação.

Eu sonho. Eu vou. Eu corro.

A.P.

 

 


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