Todos os dias, a tia canta para ti, junto da tua sepultura - embalando o vazio em carícias tantas vezes tocadas- um fado em jeito de canção de embalar.
Conta a lenda de uma alga pequenina que, deixada na areia da praia, se transforma numa menina. Tu és a nossa menina, a nossa alga pequenina que ganhou vida, a nossa estrelinha caída na Terra...
Tu és, agora, um brilho acrescido no céu, a pequena alga que o mar reclamou...
Mas nem o céu, nem a terra, nem as profundezas do mar roubam de nós a recordação do teu rosto de boneca.
Há vários dias que não consigo treinar. Nem um só metro a correr. Mas tenho um plano de corridas a cumprir e gostaria muito de o concretizar...sem treinar? Falta-me a tua força. O mar era um plácido lago, perante a intensidade e a tua força de viver.