existe sempre alguém ...passo e fico como o universo...
25
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 08:54link do post | comentar | ver comentários (14)

...ou correr por uma causa

 

A corrida, ou melhor, o prazer da corrida mobiliza multidões.

Corre-se apenas porque sim, corre-se  porque há motivos que nos impelem, corre-se também porque há causas que nos unem. Causas mais ou menos próximas, mais ou menos abrangentes, de carácter solidário e social; causas que apoiam e/ou sensibilizam para esta ou aquela problemática...não vale a pena enumerá-las, são de todos, sobejamente conhecidas. Eu também já corri por muitas causas. A que mais me sensibiliza é a Corrida Terry Fox porque revejo nesse jovem o exemplo vivido pela minha filha. Ambos foram vencidos pela doença, mas ficou a sua coragem e determinação.

 

Constância será brevemente, e  uma vez mais, a anfitriã de uma corrida emblemática. Correr junto aos braços verdes do Zêzere e do Tejo, passear pelas sinuosas ruas floridas, contemplar as arcadas e descobrir recantos, saborear as famosas migas carvoeiras, ou prolongar a estadia e participar nas Festas do Concelho (nas quais a prova de atletismo está integrada) e de Nossa Senhora da Boa Viagem, em que, invocando a protecção de Nª Senhora,  se abençoam embarcações e viaturas,  são sem dúvida atractivos suficientes para visitar a Vila-Poema, por alturas da Páscoa.

 

O ano passado não corri em Constância. Não tive coragem. Tinha corrido há dois anos. Este ano penso correr. Pensei também levar a efeito algo que já tinha pensado no outro ano...

 

Correr com a mesma t-shirt com que fiz a minha primeira Meia Maratona em memória da minha filha. Correr lembrando a Margaret em Constância tem um duplo significado: homenagear a sua coragem e a sua luta na luta contra o cancro e recordá-la a quem vir o seu rosto. Recordar ainda que esse rosto tão belo e suave está sob sete palmos de terra, lá no alto, junto à Igreja Matriz, num "amontoado" de areia à espera de sepultura mais digna.

 

Porque tarda tanto um pedido tão simples?

 

No Grande Prémio de Constância vou correr pela Margaret.

 

Haverá mais alguém?

 

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(na Meia de Lisboa)


21
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 17:19link do post | comentar

Vi a imagem da minha face reflectida no espelho. Olhei, olhei atentamente e mergulhei no olhar que o espelho devolvia. Sou eu. Ainda eu.

Vi o que fui e o que sou. Mas esta que agora sou, como parece distante da imagem de outros tempos...

A cara de gaiata perde-se um pouco cada dia. Envelhece, ainda, com uns laivos sonhadores nos olhos distantes da juventude.

Corpo de criança franzina, como se esperasse o tempo de crescer.

Ficou esta face e olho para ela, grata por cada ruga instalada, por cada sinal dos anos que vão correndo.

Esta é uma outra face. Um rosto que muda dia-a-dia e oculta a face da alma que permanece imutável, intacta, à espera da libertação.

 

Sonha-se ainda com uma varinha de condão como se fada pudesse ser . Com sopros milagrosos, como anjo descido à terra. Com o poder mágico das feiticeiras ancestrais, ou com a transmutação alquimista. Sonha-se ser um ser que não se é. Estendendo as asas protectoras e albergando o mundo em seu regaço.

 

Acredita-se. Há momentos em que se é anjo. E fada. E feiticeira. Amiga. Mãe.

Vaclia-se. Há momentos em que se é anjo de asas caídas. E aparece a outra face. Esta face que assoma ao espelho.

 

Passou tempo, muito tempo, o meu tempo...

 

 

Ontem como hoje, o soneto predilecto que fala daquilo que esta e a outra face acreditam...

 

Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,

Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,

Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,

Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
(Natália Correia)

 

 

Amanhã, milhares de pés de homens, mulheres e crianças correrão sobre o Tejo. Amanhã, a Ponte, enorme, imponente, oscilará sobre a cadência do ritmo dos corpos e do coração.

Já estive entre esses milhares...Amanhã não vou estar.

 


20
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 18:41link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Gostava de ter fotografado as veredas por entre as árvores, os tufos de flores do campo que numa profusão colorida ocultam o ocre da terra (em especial as minhas queridas urzes), os minúsculos arco-íris nascidos dos jactos de água da rega automática...de poder registar os sons das rolas e dos patos bravos, o chilreio de pequenas aves coloridas, o murmúrio da água no regato e a brisa dançando nas folhagem...de poder traduzir em palavras os cheiros do campo...não trouxe registos do que vi, nem do que ouvi, trouxe apenas o registo da sensação enebriante de correr em liberdade numa manhã ensolarada.

 

Estas sensações trouxe-as comigo. Amanhã irei partilhá-las com uma pessoa que amo.

 

Amanhã, tenho a promessa da companhia do meu filho para mais um treino matinal.

 

 

Durante 1 hora e 4 minutos, percorri 10 km em grandes círculos no Parque do Bonito.

 


16
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 10:10link do post | comentar | ver comentários (5)

 

Histórias de amizade

 

As histórias de amizade são simples, como simples é a própria amizade. Não quer nada em troca, dá-se gratuitamente e quanto mais se dá, porventura mais se recebe. Alimenta-se nesta reciprocidade de dar e receber. Cresci a ouvir a minha mãe dizer "Quanto mais dou, mais tenho para dar".

 

Tenho um amigo. Queria falar deste amigo. Nunca lhe dei nada para além de uns quantos elogios sentidos. Também nunca falámos muito. As poucas vezez em que estamos juntos, a linguagem mais usada é a do silêncio ou das brincadeiras. Mas entendemo-nos. E partilhamos aquilo que somos um com o outro.

 

Um amigo não anda atrás nem à frente, mas ao lado. Pronto a estender a mão. É assim este meu amigo. Literalmente assim. Corre comigo. Vai adiante apenas quando ir adiante significa ajuda. Fica atrás quando o estar atrás significa protecção. Quase sempre está ao lado. Atento, carinhoso, solícito.

 

 

As lezírias são terras férteis, intensas...sente-se o aroma dos campos húmidos e do lodo das margens do rio. Pessoas e animais são puros, às vezes rudes. Lidam com a vida e a morte com a mesma frontalidade.

 

Nunca pensei correr num espaço aberto como as lezírias. Sou ribatejana, mas tenho pavor de touros. Abomino as touradas e a minha repulsa é tão grande pelo sofrimento gratuito dos animais quão grande é o medo irracional que tenho destas montanhas de força bruta.

 

Este domingo, enfrentei o medo e milagrosamente nem um único touro à vista. Campos adentro, um sol impiedoso e "guarda d´honra" de campinos, firmes e hirtos no seu porte altivo em cima dos cavalos. Um bonito enquadramento para uns quinze quilómetros de liberdade.

 

A sensação de liberdade que a corrida me transmite foi, pouco mais que a meio da prova, substituída pela opressão de querer e não conseguir, de perceber que muitas vezes, em tantas situações da nossa vida, querer não basta. Estamos acorrentados a um corpo que não acompanha a nossa alma, a vontade nascida do coração que teima em bater num compasso maior que a orquestra permite. É-se prisioneiro das nossas próprias amarras. Por isso, só seremos verdadeiramente livres e felizes quando, libertados da escravidão da carne, formos apenas a essência e o sopro do nosso espírito.

 

Não fora o meu amigo ter-me-ia lançado numa vala qualquer como animal moribundo. 

 

Tínhamos partido de trás, mesmo do fundo do pelotão. Estávamos a conseguir um tempo bastante razoável. Ao quilómetro oitavo fiquei exausta. Senti a vertigem da quebra de tensão. As reservas de açúcar esgotadas e eu a afundar-me num poço sem fundo. Arrastei-me num suposto passo de corrida...cada vez mais fraco, mais fraco...até andar e depois parar. Agarrei a estrelinha azul que trazia ao peito e pensei de, desta vez, não acabaria a prova. Estava para além das minhas forças.

(Ele nunca me abandonou. Os amigos são assim. Ficam quando podiam ir embora. Quando ir seria o caminho mais fácil...)

 

Se tu podes, vamos os dois, se não podes, ficamos os dois. E foi nesse momento que a amizade escreveu mais um dos seus milagres. Uns quadradinhos de marmelada, umas palavras de incentivo e um pequeno descanso, permitiram-me recuperar o suficiente para correr os restantes 5 Km. Subimos a ponte, entrámos nas ruas apinhadas de gente e senti-me quase capaz de fazer outra corrida.

 

Qual a importância disso? - poderão perguntar. Todos os dias há gente que não chega ao fim da sua corrida... Pois há. Um dia, também eu ficarei pelo caminho. Mas levarei uma vida recheada de tesouros de amizade. É a caridade que brota do coração o sentido da verdadeira amizade. Abnegação, esquecer-se de si porque o Amigo é que importa. São pequenos nadas que escrevem grandes histórias. A minha vida nunca foi um livro em branco. Tenho amigos que me ajudam escrevem páginas e páginas. Algumas têm poucas linhas, mas nem por isso menos importância. 

Obrigada António.

 

Sem ti, não teria corrido 1h 36 minutos na Corrida das Lezírias.

 

 As fotos que se seguem são propriedade da AMMA  - http://www.ammamagazine.com/Fotos/


12
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 09:09link do post | comentar | ver comentários (1)

Esta semana foram apenas dois treinos, curtos mas intensos. Intensos nas sensações, envolventes como ternos braços que enlaçam e aconchegam.

 

Quem entende a linguagem muda do sorriso, da face ruborizada, da pele arrepiada? Rituais repetidos uma e outra vez...uma rotação aqui, um alongamento ali...

A pessoa que corre fala. Fala antes, fala durante e fala depois de correr. Quantas vezes, fala do que dói no silêncio desta linguagem entendida somente por quem corre. Por quem sentiu e por quem sente este apelo. Este chamamento que nos despoja de todas as vontades ou da ausência de qualquer querer, para satisfazer a única vontade que resta: correr. Imperiosa, ela assalta-nos. Avassala-nos. E não se resiste. Não se quer resistir. Subjuga-nos e deixamo-nos subjugar com prazer. Somos "escravos" da liberdade alcançada nuns quantos passos de corrida...

 

Esta semana corri à noite e na madrugada. De mão dada com o mar, corri na escuridão da areia. Guiava-me a linha branca da espuma. A maré baixa na costa convidava...A lua cheia vigiava...e um ponto minúsculo avançava: passo a passo...

 

Manhã cedo, o sol desperta. Desperta em nós a vontade de correr. Ao sol, ao vento, no alto da falésia. Azul, muito azul...do céu e do mar que se fundem no horizonte...num único azul intenso como intensa é a vontade de correr. Para sempre. Prolongar, eternamente, estes momentos fugazes, como areia que escorre entre os dedos.

Talvez seja uma fuga. Se o é, serei eterna fugitiva. Que nada nem ninguém me alcance, me impeça de fugir. É a fuga dos solitários ou dos que negam as amarras que massacram não a carne, mas a alma.

 

 A corrida é a passagem secreta para um mundo de memórias. É aí que merglho quando corro. É aí que quero estar. 

Quem passa vê apenas uma mulher que corre.  

 

Quando corro sou feliz. 

Se "tudo isto é pecado" que Deus me perdoe.

 

 

 


09
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 09:20link do post | comentar | ver comentários (5)

Um dia magnífico entre amigos e 1h 28min de corrida para os 15 Km do percurso...

Um piquenique na Mata dos Sete Montes, na cidade Templária...

Um cafezito em Constância no Snack-Bar CALAFATE (do meu cunhado, pois claro!!)

 

Uma prova dedicada à minha estrelinha azul: a Mulher mais extraordinária que conheci

 

A chegada à Meta (eu e a "minha sombra" nas corridas, ou seja, o meu muito amigo António)

 

FOTOS PROPRIEDADE DE AMMA:

Como sempre, uma cobertura fantástica desta prova e de todos os eventos desportivos em que está presente. Uma excelente divulgação das várias modalidades do atletismo.

 http://www.ammamagazine.com

 

 


06
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 18:34link do post | comentar | ver comentários (1)

 

imagem de: http://admirado.files.wordpress.com/2006/11/amizade.jpg

 

Nirvana

 

Viver assim: sem ciúmes, sem saudades,
Sem amor, sem anseios, sem carinhos,
Livre de angústias e felicidades,
Deixando pelo chão rosas e espinhos;

Poder viver em todas as idades;
Poder andar por todos os caminhos;
Indiferente ao bem e às falsidades,
Confundindo chacais e passarinhos;

Passear pela terra, e achar tristonho
Tudo que em torno se vê, nela espalhado;
A vida olhar como através de um sonho;

Chegar onde eu cheguei, subir à altura
Onde agora me encontro - é ter chegado
Aos extremos da Paz e da Ventura!

Antero de Quental, in "Sonetos"

foto retirada de: http://arrozcomtodos.blogspot.com/

 

Esta é a confluência dos rios. Esta é a confluência das almas, da tua e da minh´ alma.

Neste abraço líquido se confunde o que fui e o que sou; o que foste e o que serás, eternamente.

Que és tu, agora? Estrelinha azul, ninfa destas águas.

 


05
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 10:57link do post | comentar

 

......

 

 

Sopra o vento, sopra o vento, 
Sopra alto o vento lá fora; 
Mas também meu pensamento 
Tem um vento que o devora. 
Há uma íntima intenção 
Que tumultua em meu ser 
E faz do meu coração 
O que um vento quer varrer; 

 

 

Não sei se há ramos deitados 
Abaixo no temporal, 
Se pés do chão levantados 
Num sopro onde tudo é igual. 

Dos ramos que ali caíram 
Sei só que há mágoas e dores 
Destinadas a não ser 
Mais que um desfolhar de flores.

Fernando Pessoa

 

 

O vento tem muitas vozes. Palavras leva-as o vento, ou diria eu, palavras que traz o vento...

 

São murmúrios, orações,

São sussurros e saudades,

Afagos, Recordações...

São gritos e angústias,

São lamentos e são ais.

São palavras de amor,

sopram ternura e alento,

São facas, ríspidas e frias

Vozes, palavras, momentos...

 

O vento suave, a brisa ligeira, o vento forte, a fúria da ventania são vozes, são ecos da alma . E quando ela se agita em remoínhos descontrolados, solta-se em brados de tempestade...

Para mergulhar, logo após, na acalmia desses urros...a voz, então é doce, melancólica, com timbre de amores.

 

E, hoje, a minh´alma dissonante com o vento, contrapõe suaves palavras a rugidos para lá da vidraça.


04
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 12:07link do post | comentar | ver comentários (3)


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
.........

(Fado Chuva - Mariza)

 

49 minutos de corrida à chuva e ao vento,  bebendo o encanto da paisagem.

 

Capuchos... Lembranças de frades, mosteiros e conventos...de noites alumiadas por velas e de vozes angelicais em cantos gregorianos...claustros templários...cheiros de antigamente...

E os cheiros de agora, deste mar que vislumbro lá em baixo. Que se confunde com o cinzento do céu. Que se revela na linha branca da espuma... Capuchos, Convento, sopé, colina, promontório...Pedaços únicos de recortes na costa Atlântica...

 

Eu corro. O vento sopra. A chuva suave beija-me o rosto. Não canto, mas encanto-me com a magia destes momentos. Sou quase feliz. Talvez seja mesmo feliz. Liberto-me na corrida e na manhã agreste. Liberto, então,  a voz que canta:

 

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera....

 

Domingo, não correrei acima do mar como agora...

Chuva_2.jpg picture by rainbow1986

 


02
Mar 09
publicado por alemvirtual, às 09:08link do post | comentar | ver comentários (5)

 

 

Corrida da Charneca de Caparica

 

2800m - Veterana - 3ª no Escalão, 4ª Feminina

 

13 min 40 segundos

 

As fotos são do pai da Ana Pereira (obrigada)

 

Saí cedo de casa. A aurora anunciava-se. As trevas cediam lugar à luz.

O dia amanhecia envolto num manto de nevoeiro.

Segui pela A1 com o meu “menino” – o Óscar (há quem lhe chame cão; eu chamo-lhe “menino”) até Lisboa. Passei a Ponte 25 de Abril. Em baixo, um espelho verde- azulado, enfeitado por velas brancas… na outra margem um petroleiro atracado...(visão familiar de um passado recente e de outro longínquo…) rapidamente cheguei à localidade onde teria lugar a prova.

Foram cerca de 160 Km (um pouco mais)… É tão diferente este percurso a um Domingo de manhã… Diferente de uma segunda-feira, por exemplo. Ou de fazer o mesmo percurso em sentido contrário a uma sexta-feira. Conduzo devagar, desde há uns tempos para cá. Antigamente tinha, como se costuma dizer, o pé pesado. Agora, optei por velocidade mais reduzida. Poupo o combustível e, sobretudo, poupo o ambiente já que as emissões de CO2 são bastante inferiores a baixa velocidade. Fico muito satisfeita quando percebo que esta consciencialização aumenta cada vez mais. Porém, ainda se encontram muitos condutores que afirmam o seu satus sócio-económico pelo carro que conduzem e a “eficiência” (leia-se “ser macho”) ao volante pela velocidade a que circulam. Pobres diabos…parece que se podem comparar estas exibições/ostentações à necessidade de afirmação e aos rituais de acasalamento para impressionar as fêmeas…Lá que se exibem, exibem!!!

Mudar comportamentos não é fácil, mas é possível. Reduzir a velocidade afinal não custa muito. Comprar um utilitário, em vez de um carro de alta cilindrada, também não custa muito… Aliás, custa bem menos! (era uma “piadinha” das minhas, como diz o meu filhote)

 

A prova não foi fácil. Não para mim e, provavelmente, para ninguém do escalão de Veteranas e Pré-Veteranas. Correr apenas 2800m, integrados nos escalões mais jovens, é tarefa que nos deixa com os “bofes” a sair pela boca. Falo por mim! Não sei se lhes posso chamar “bofes”, mas que os órgãos do meu aparelho respiratório se ressentiram lá isso ressentiram. Para ser mais precisa, posso dizer que a sensação era a de que alguém me tinha lixado a garganta. Literalmente lixado, com uma rebarbadora. E não com lixa de esmeril! Até ardia, meu Deus!!!

Ainda consegui retirar mais de 1 minuto ao meu tempo do ano passado.

 

O Óscar foi bastante apreciado, como sempre. Festinhas para aqui, festinhas para ali… e o desgraçado louco da vida porque a “mãe” andava por ali a correr como uma barata tonta e ele estava aos cuidados da “tia” Adelaide que aguarda luz verde para voltar a mostrar a sua garra de corredora.

 

Domingo que vem, correrei no coração do Ribatejo. Espero que o meu (coração) esteja pronto para enfrentar os 15 Km nas margens do Nabão e na cidade templária…

 

 Eu, Ana Paula, o Óscar e a Ana Maria

 


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