MOINHO DE MARÉ
"No Concelho do Seixal existem 10 moinhos de maré que documentam a intensa actividade moageira desenvolvida na região desde o início do século XV até quase aos nossos dias. Foram os esteiros do rio e a proximidade a Lisboa, grande centro consumidor de farinha, que permitiram a construção do elevado número de moinhos deste tipo (60 no século XVI) em toda a zona.
O moinho de maré de Corroios, propriedade municipal, é o único a funcionar, integrado no Ecomuseu, como Núcleo do Património Industrial.
Noutras épocas em que as fontes de energia escasseavam e eram limitadas apenas à força muscular, ao vento e correntes, os moinhos de maré tinham uma grande vantagem sobre as outras formas energéticas - a sua constância e previsibilidade. Existem duas marés diárias o que garantia cerca de 4 horas de moagem. Eram construídos nos estuários dos rios em terrenos baixos, e em zonas abrigadas que permitissem represar as águas.
Era uma vida dura a dos moleiros, já que as horas das marés obrigavam a que se moesse a qualquer hora do dia ou da noite, pois os moinhos só trabalhavam durante a vazante. As outras horas eram aproveitadas para limpeza e manutenção do moinho e caldeira.
Princípios de funcionamento
- Quando a maré sobe, a água entra pela comporta, porta de madeira móvel sobre um eixo, colocada no acesso á caldeira.
- A água da maré fica represada na caldeira, enquanto no exterior o nível da maré desce, deixando a descoberto os rodízios.
- No interior do moinho, o moleiro abre os pejadouros, provocando dentro dos canais ou setias a queda de água sobre os rodízios, o que os coloca em movimento.
- O movimento dos rodízios é transmitido às mós, através de um sistema de engrenagens, e aquelas começam a moer o cereal, transformando-o em farinha."
A PROVA
Domingo de sol, um braço de rio, um moinho de maré e a "sede" de correr.
Diz o povo e tem razão "não vás com demasiada sede ao pote". Não devia ter ido. Comecei a prova num ritmo demasiado rápido. Não o aguentei e cheguei ao fim com 35´02´´. Fui 5ª no meu escalão. Não sei quantas éramos nem sei ao certo quantos quilómetros foram.
Sei que foi uma manhã de boa disposição.
Uma prova circular, com duas voltas a um perímetro urbano, a proporcionar a visão do leito do rio e do Moinho de Maré. Com subidas acentuadas e descidas para recuperar, foi sem dúvida uma corrida dinâmica.
Ainda houve tempo para brincar e incentivar quem, em sentido contrário num claro avanço na corrida, passava por nós.
As fotos são de Adelaide Rodrigues e retirei-as do site da AMMA
http://www.ammamagazine.com/Fotos


Este foi um pequeníssino post bem humorado, tal como a prova e o convívio que se lhe seguiu