Ontem, dia 24 de Abril, pelas 21h 30min, correu-se o IX Grande Prémio de Atletismo Rui Silva. O vencedor desta 9.ª edição foi Yousef el Kalai, do Futebol Clube do Porto, que bateu o record da prova, percorrendo os 10 km em 28m41s.
O 2.º classificado foi Rui Pedro Silva, do Maratona CP, com o tempo 29m28s, e o 3.º o queniano Vítor Bitok, com 29m36s.
Rui Silva, natural do concelho do Cartaxo, que dá o nome a esta prova, ficou em 6.º lugar, com o tempo de 30m10s.
No sector feminino, Clarisse Cruz, Sportinguista, foi a primeira, com o tempo 35m23s. Em 2.º ficou Mónica Silva, do FC Porto, com 26m00s, e em 3.º Ana Ferreira, do GD Estreito, com 36m53s.
Uma prova com excelente organização, que se percebeu desde a entrega dos dorsais, ao corte do trâsito, orientação no percurso, abastecimento de água, até à distribuição dos prémios.
Um ambiente animado, de verdadeira festa, antes, durante e depois da prova, com música e a população do Cartaxo apinhada nas ruas, aplaudindo e incentivando todos os atletas. Notou-se, especialmente, o carinho que dispensavam ao alteta homenageado Rui Silva, natural deste concelho.
O povo saiu à rua. Disparavam-se flashes, eternizando mais um momento desportivo e de alegre convívio entre as gentes ribatejanas.
Um prova com percurso circular, dando três voltas no coração do Cartaxo. Com algumas subidas e descidas, é uma prova rápida que apela à entrega total dos atletas.
A minha corrida ou a noite antes da Liberdade
Talvez sejam assim as noite que os poetas exaltam em versos soltos e palavras sentidas. Uma noite carregada de emoção. Uma noite antecipando uma emoção maior, como grito aprisionado na garganta e finalmente libertado. Grito que ecoa no silêncio da noite. De uma noite tecida em veludo negro e em estrelas brilhantes. Noite fria, ventosa, como o travo amargo dos corações frios e empedernidos, daqueles que desdenham dos sorrisos nos rostos das pessoas felizes. Tal como o sabor amargo se dilui na ternura de um beijo, também o vento perde a força agreste no encontro dos corpos quentes e suados de quem faz da corrida o seu grito de liberdade. Então, o vento é aliado. Desiste de lutar e, embora persistente, nada pode contra a firmeza ds promessas de quem jura fazer dessa noite uma noite sagrada.
A última noite de repressão, ou a primeira noite de liberdade. Nem ventos, nem tempestades esgrimindo as suas espadas podem nada contra a vontade de quem sonha.
São noites para saborear devagar. Suavemente. Como dedos que levemente tocam as pétalas de uma flor...como quem aspira o seu perfume...enebriando-se...embriagando-se...para, atordoado de prazer, ensaiar uns passos hesitantes na loucura de quem deixou de ser...já não é o sonho que vive nele, mas o sonho tornado vivo...o mundo toma a cor e o cheiro da for.
Olho-o. Olho este mundo. Contornos perfeitos de um mundo sonhado perfeito...
E a noite tão alta...A alvorada tão perto.
Chega a hora de viver o sonho.
Completei a prova no tempo de 57´58´´ - tempo oficial.
Tive o enorme prazer de encontrar o senhor Carlos Viana Rodrigues da AMMA http://www.ammamagazine.com/ em mais uma reportagem fotográfica, da qual tomo a liberdade de apresentar algumas (Fotos de C. V. Rodrigues e José Gaspar):
A partida
A chegada
Na minha primeira volta
A chegar à Meta
Um aceno ao Carlos Viana Rodrigues
Para o ano, lá estaremos...