Há uma semana que tinha recomeçado os treinos. Treinos leves na relva. A lesão contraída, talvez por demasiado esforço físico, ao longo do mês de Dezembro e início de Janeiro, estava melhor. Quase não doía e a vontade de recomeçar era imensa...
“Devagar que tenho pressa”, costumava-me dizer a minha mãe, quando eu era pequenita. Tinha razão. Tive pressa e não aguardei o tempo suficiente para recuperar totalmente. Agora, embora tenha tido muito cuidado e seguido à risca as orientações que me foram transmitidas, piorei. A dor voltou...terrível esta dor. Tento disfarçar aos olhos dos outros, mas é inevitável que coxeie. Rendo-me à evidência: não estou em condições de correr. A fim de não retardar mais o recomeço dos treinos de forma sistemática, tenho de renunciar à tentação.
No dia seguinte, à corrida de S. Silvestre, fiz treino Fartlek-. Passado mais um dia, e uma vez que a Pista de Atletismo já tinha reaberto, fiz séries: 10 séries de 150m porque já não aguentava distâncias maiores. Não o deveria ter feito…mesmo aquelas curtas distâncias, pois a dor já se tinha instalado, mas insisti. Terminei quase a chorar de dor e de raiva por me estar a acontecer aquilo.
Eu, que pretendia aumentar a minha velocidade, obtive apenas como “recompensa” a inactividade. Era uma corredora lenta. O meu melhor tempo, em provas de
Há avanços e recuos, Ganhos e perdas….é assim em todas as situações da vida e também no mundo da corrida.
A.P.