Não são brisas suaves que afagam cabelos. Não são rajadas agrestes que gelam a face. Não são assomos de catástrofe. Não são tormentos. Não são, obviamente, venturas. Por si só, apenas, são ventos.
Há ventos de mudança. Agitam os ares. Expulsam bafios. Sacodem folhas velhas. Levantam poeira. Renovam.
Sim, sopra um vento de mudança.
E é como se as palavras ganhassem vida na vida infinita da poesia...
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"
Nem todas. Há vontades que permanecem. Em breve voltarei a correr...
Mas sopra um vento de mudança. Como todos, surgiu de forma imprevisível. Não há portas cerradas. Não há feno recolhido. Não há roupa segura no estendal. O vento sopra. Varre os cantos. Leva o pouco firme. Deixa o consistente. Recolhe-se o trigo escolhido. Ajeitam-se as cortinas da janela.
Os ventos de mudança, surgem, e nada fica como antes. Vêm não sei de onde e sopram não sei porquê.
Muda-se.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Vento - para quem quiser saber mais sobre (e)ventos:-)...)