Hoje tempo de treino: 43 minutos.
Foi difícil vencer a inércia. Por um lado, a vontade de correr e o desejo de me sentir (de novo) corredora; por outro, o comodismo a que me habituei. Não correr, não impor nenhuma disciplina. Apenas deixar-me estar.
Com a corrida das Lezírias tão próximo, tenho de mudar esta "hibernação" a que e remeti. Com a lesão, praticamente ultrapassada, deixa de haver desculpas para não treinar.
Gosto ou não gosto de correr? Não é difícil encontrar a resposta: adoro! Pois se se adora algo, há que lutar para a conquistar. Foi o que me decidi a fazer.
Existe um provérbio oriental que diz "quando se deseja muito uma coisa e se deseja intensamente, todo o universo conspira a nosso favor". Acredito que assim seja. Por isso, o Universo estará, neste momento, conspirando para que, de novo, chegue a uma linha de Meta. Todos os corpos celestes, a sua matéria e energia; todo o espaço sideral, conhecido e desconhecido; mais próximo e nos confins infinitos, saberão que quero voltar a correr. Unir-se-ão forças gravíticas; explodirão super-novas; nascerão estrelas azuis; E eu voltarei a correr...
Cá em baixo, na pequenez deste planeta que quase não é (já) azul, nem verde, existe a fragilidade de quem corre contra o vento, contra o tempo, contra o determinismo de fatídicos vaticínios. Mas entrego-me e confio. Entrego este desejo aos coros de anjos e às ninfas do Tejo; Confio que vencerei.
Enquanto corria, só me recordava dos velhos brinquedos de corda com mecanismos enferrujados...
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